As comissões e associações de médicos internos de Medicina Geral e Familiar alertam que a resolução do problema de falta de médicos de família não pode passar pela colocação de clínicos sem especialidade nos centros de saúde.
As organizações de todo o país uniram-se para uma tomada de posição conjunta em defesa da especialidade de Medicina Geral e Familiar, manifestando-se contra a entrada em vigor da lei que prevê a contratação de médicos indiferenciados para colmatar a falta de médicos de família.
Esta lei vem permitir que, caso não existam condições para assegurar a atribuição de médico de família a todos os utentes nos Agrupamentos de Centros de Saúde em que a cobertura seja inferior à média nacional, possam ser atribuídas listas de 1.900 utentes a outros “médicos habilitados ao exercício autónomo da profissão”. Ou seja, esta lei permite que médicos sem especialidade façam o trabalho dos médicos de família, mesmo sem terem formação para tal”, como critica a associação.