Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto concluíram, num estudo que envolveu 562 doentes com dor crónica, que um ano após o início do tratamento, 51% das pessoas não aderiram à terapêutica prescrita.
Em declarações à agência Lusa, Rute Sampaio, investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, revelou que o estudo visava perceber as razões que motivavam a não adesão terapêutica de doentes com dor crónica, tendo por base a perspectiva dos doentes.
“A maioria da não adesão é intencional e as principais razões apontadas prendiam-se com crenças, a percepção/eficácia, preocupações com efeitos secundários sem os terem, atraso do início da medicação com opioides, alteração da medicação por outros profissionais de saúde e razões económicas”.