O Governo anunciou esta segunda-feira novos apoios no âmbito das consequências da invasão da Rússia à Ucrânia. Apesar de reconhecer que Portugal se encontrava muito “dependente” da Ucrânia para a obtenção de várias tipologias de bens alimentares, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, garante que o Governo está a “diversificar os países” a partir dos quais Portugal adquire estas mercadorias.
Brasil e África do Sul são alguns dos países tidos em conta neste âmbito, para assegurar o “aprovisionamento” destes “bens essenciais”. O Executivo garante ainda estar a trabalhar “com as empresas energéticas” para “assegurar” o acesso a bens como o “petróleo e o gás natural”.
Para os consumidores, Siza Vieira afirma que o Governo está já a trabalhar no desenvolvimento de um “mecanismo de apoio às famílias mais vulneráveis”, de forma a ajudá-las a “fazer face ao aumento dos encargos com produtos alimentares”. Em causa está uma “prestação adicional” que será fornecida a todos os beneficiários da tarifa social de energia ou, porventura, de outras prestações sociais.
Para as empresas, estará disponível uma linha de crédito, dotada de 400 milhões de euros, para apoio à produção dos sectores mais afectados. O Governo anunciou ainda que será aumentada a dotação da linha de crédito para os agricultores para fazer face à seca que o país atravessa.