Inundações, ondas de calor e seca, associadas às alterações climáticas, agravaram mais de metade das centenas de doenças infecciosas conhecidas nos humanos, incluindo malária, hantavírus, cólera e carbúnculo, segundo um estudo divulgado esta terça-feira.
Os investigadores analisaram a literatura médica de casos estabelecidos de doenças e descobriram que 218 das 375 doenças infecciosas humanas conhecidas pareciam ser agravadas por um dos dez tipos de clima extremo ligado às alterações climáticas.
O estudo traçou 1.006 percursos desde os riscos climáticos até às pessoas doentes. Em alguns casos, as chuvas torrenciais e as inundações acabaram por ter consequências na infeção das pessoas através de mosquitos, ratos e veados portadores de doenças.
A subida de temperatura dos oceanos e ondas de calor tiveram efeitos significativos nos mariscos e outros alimentos provenientes dos mares, enquanto as secas aumentaram os riscos de infeções virais nas pessoas através de morcegos.
Peritos defendem a teoria genericamente aceite de que o coronavírus que causa a Covid-19 passou provavelmente de um morcego para as pessoas através de um outro animal ainda não identificado.