O bastonário da Ordem dos Médicos atribuiu esta quarta-feira o excesso de mortalidade em 2020 a uma conjugação de factores, mas alertou que o “grande problema ainda vem aí” devido ao agravamento de doenças não diagnosticadas durante a pandemia. Miguel Guimarães foi ouvido numa audição parlamentar requerida pelo PSD sobre a mortalidade registada em Portugal.

O bastonário da Ordem dos Médicos salientou que, no primeiro ano da pandemia, muitos doentes com sintomas de doenças, como enfarte agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral, deixaram de recorrer às urgências por medo da Covid-19.

De acordo com Miguel Guimarães, ainda sem dados de 2022, o Serviço Nacional de saúde tem por recuperar cerca de 500.000 primeiras consultas nos hospitais, cerca de 116.000 cirurgias e uns milhões de exames complementares de diagnóstico e terapêutica.