Mais de 1,1 milhões de portugueses não tinham médico de família no final de 2021, um aumento de cerca de 300.000 pessoas em relação ao ano anterior, de acordo com o Conselho das Finanças Públicas.

O número de pessoas sem médico de família atribuído representa 10,9% do total de inscritos no Serviço Nacional de Saúde e corresponde a um aumento de mais de 303.000 utentes face a 2020, agudizando a trajectória de afastamento do objectivo de cobertura plena da população por estes clínicos, como refere o relatório do Conselho das Finanças Públicas sobre a evolução do desempenho do SNS em 2021.

De acordo com o documento, a região de Lisboa e Vale do Tejo continuava a concentrar o maior volume de utentes sem médico de família, representando 68,8% do total deste universo em 2021.