Com uma minoria de alunos a escolher a via do ensino profissional no secundário e cada vez mais diplomados no ensino superior, as escolas profissionais alertam que o país está a formar mais quadros superiores do que intermédios.

Quando chegam ao ensino secundário, a maioria dos alunos escolhe continuar em cursos científico-humanísticos, em vez de seguir para cursos profissionais que representam pouco mais de um terço dos jovens matriculados nesse nível de ensino.

Com este número, Portugal mantém-se longe de atingir a meta dos 50% de alunos no ensino profissional, definida pelo Governo, e o resultado de saírem desses cursos poucos estudantes já está à vista, apontou o presidente da Associação Nacional de Escolas Profissionais.

Uma das maiores consequências do pouco interesse pelo ensino profissional é a falta de profissionais em diversas áreas de actividade que, muitas vezes, oferecem remunerações superiores a outras que exigem formação ao nível do ensino superior.