Muitos militares da GNR que receberam o subsídio extraordinário de risco no combate à pandemia de Covid-19 vão ter de devolver o dinheiro pago pelo comando-geral da Guarda Nacional Republicana. O caso é denunciado pela Associação dos Profissionais da Guarda, que considera que a decisão “roça o ridículo e é vexatória da dignidade” dos militares.
Cada militar abrangido pelo subsídio teve direito a um suplemento de 10% do vencimento-base até ao máximo de 250 euros mensais. O valor é calculado em função do número de dias de trabalho. Em média, cada militar recebeu cerca de 40 euros por mês.
No entanto, através do recibo de vencimento a receber no dia 21 deste mês, e que já está disponível no portal da GNR, os militares descobriram que não iriam auferir a verba respeitante aos três últimos meses, como também teriam de devolver parte do dinheiro recebido em Agosto. A outra parte deverá ser descontada no próximo salário, segundo prevê a Associação dos Profissionais da Guarda.
Segundo uma fonte da GNR, “foi identificada a necessidade de realizar acertos aos valores processados, face à clarificação dos critérios de empenhamento operacional”.