O estudo para a intervenção no monumento é da autoria da dupla de arquitetos de Paredes Rui Dinis e Henrique Marques (ateliê Spaceworkers) e será submetido, agora, à Direção Regional de Cultura do Norte. Ainda não há prazos para a obra avançar, não estando também definido o valor do investimento.

Será o primeiro museu de Paredes e homenageia uma das principais actividades do município. “Sendo Paredes o maior produtor de mobiliário do país, há muito que se impunha a criação de um Museu do Mobiliário”, sublinhou Alexandre Almeida, presidente da Câmara, proprietária do histórico imóvel desde 2006.

O estudo, apresentado à Junta e às associações locais de Vilela, prevê que o museu tenha uma sala de exposição permanente, salas para exposições temporárias, um espaço para demonstrações ao vivo de técnicas de transformação da madeira, designadamente a arte da talha, uma área para uma incubadora de design, um bar e um restaurante.

“Pretende-se dar uma perspetiva da história do mobiliário, sendo nosso objectivo criar um espaço com vida”, explicou Alexandre Almeida, acrescentando que o projeto manterá a traça do interior e do exterior do edifício.

O grande desafio, explicou Henrique Marques, foi mesmo projetar uma intervenção para um imóvel com 10 séculos de história. Uma operação que será o menos invasiva possível, mantendo as características originais do convento, como o pavimento, e totalmente reversível.

Foi preciso ter em atenção, também, o estado de degradação do primeiro piso. A própria história do mosteiro, desconhecida de muitas pessoas da terra, terá um lugar próprio no projeto.

FONTE: JN