O Sindicato da Construção afirmou esta quinta-feira que 7 em cada 10 acidentes de trabalho mortais registados este ano no sector podiam ter sido evitados, uma vez que ocorreram em contexto de laboração precária ou clandestina.
Em conferência de imprensa, o presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, disse que entre 1 de Janeiro e o final de Julho deste ano morreram na construção civil 23 trabalhadores, 70% dos quais ao serviço do que definiu como “patrões”, que “não respeitam as normas de segurança”, por oposição a “empresários”, que cumprem regras. Desses 23 trabalhadores, 16 morreram em circunstâncias perfeitamente evitáveis”.
Dados de Albano Ribeiro apontam para 450.000 trabalhadores na construção civil portuguesa, dos quais só 10% ao serviço de grandes empresas e 20% de pequenas e médias empresas. “O restante é tudo o trabalho precário e clandestino, onde as mortes por negligência mais acontecem”.